segunda-feira, abril 27, 2009

25 de Abril

No sábado passado o Zé Povinho teve a oportunidade de comemorar mais um aniversário da Revolução do 25 de Abril, mas não quiz.
Este ano o Zé não se lembrou da Revolução, ainda chegou a ver na tv os excelentíssimos senhores deputados com um cravo ao peito, mas pensou que o parlamento se tinha convertido num espaço de venda para os "quer frô" e então passou o seu sábado como faz sempre a rezar e a pedir a Fátima para ver se era desta que o Benfica ganhava o campeonato, estranhamente depois do 25 de Abril tal feito tornou-se um fenómeno tão raro como a honestidade política.
Para o Zé o "25 de Abril" só faz sentido se for a uma sexta-feira, melhor ainda se for a uma quinta-feira, que aí o governo cria uma ponte e o Zé pode ir comprar caramelos a Badajoz com as primas cabeludas de segundo grau, a esposa e o sr. engenheiro um rafeiro de três patas que sabe fazer o pino.
O Zé quer mesmo fazer uma petição para que o 25 de Abril tenha lugar na quinta-feira, seria uma espécie de "sexta-feira santa", que abriria a possibilidade de uma fantástica ponte para o fim de semana.
O Zé nunca percebeu muito bem o que foi isso do 25 de Abril, se agora isto é uma democracia porquê que haverá tanta desigualdade social, tanta currupção e tanta censura camuflada?

segunda-feira, abril 06, 2009

Parasitose - A doença do português comum

Pede-se à Raid e a Mafu uma grande dose de insecticida que pudesse ser aplicada no parlamento, de forma a exterminar aquela classe de parasitas, que se alimenta e suga o sangue do Zé-povinho. Infelizmente o Zé é quase sempre demasiado ignorante para perceber que lhe estão a beber o sangue e quando se apercebe já tem a febre da caraça ou outra coisa pior e aí recorre aos nossos serviços hospitalares onde vai preencher o impresso X mais o impresso Y sobre a história médica da família (que o pai tinha pés chatos, sifílis e um olho estrábico; a mãe bicos de papagaio e uma pedra de quartzo no rim esquerdo) e aí os médicos dizem-lhe que: "o senhor tem é uma anemia, tome lá estes comprimidos e pode ir para casa", daí a cinco dias a mulher do Zé encontra eventualmente a caraça, durante o banho mensal do marido e a noite, todos felizes, grelham a dita cuja na brasa para o jantar, já que não havia nada de tanta substância há ja vários meses naqueles pratos. Desde que o Zé deixou a fábrica de salsichas, que estava supostamente em falência (uma vez que durante as crises as pessoas deixam de comer) e que se teve de mudar (coitada) para a China, a vida do Zé e da Maria se assemelha ao Paraíso, andam quase nús, comem pouco mais que maçãs e apesar de estarem f****** ainda estão felizes.